sábado, 19 de março de 2016

Dia do pai... By Ana António


Hoje celebra-se o Dia do Pai. Sendo este um espaço onde se abordam temas tipicamente femininos, não poderia deixar de prestar homenagem aos Pais que dão sentido à minha vida de mulher: o meu PAI e o PAI DOS MEUS FILHOS!

Ao meu pai, estou grata por cedo me ter ensinado as várias linguagens do Amor – a educação, o carinho, o apoio, a partilha e o encorajamento, mas também a exigência, a rectidão e o respeito. Descobri já em adulta, que o Amor de pai é aquele que transforma escolhas (por vezes dolorosas) em caminhos orgulhosamente percorridos em conjunto. É o tal Amor que encara o “deles” como um “nosso”. Aprendi então que Amar significa mudar de opinião, ceder, calar vontades individuais em prol do bem maior que é a felicidade dos filhos... E continuar a sorrir e a estar do seu lado!

Ao pai dos meus filhos, para além da paciência para me aturar J, estou grata por ser o pilar (tantas vezes invisível, apesar de volumoso) da família que juntos criámos. Aprendi que Amar dispensa protagonismos ou louvores públicos, pois não importa o “quem” mas antes o “quê”. Aprendi que é da união que sai a complementaridade e que juntos poderemos mais facilmente ser melhores pais dos nossos filhos. Percebi ainda que existem muitas formas de “estar presente” e que basta estarmos juntos para nos sentirmos seguros. Particularmente estou-lhe grata por ter permitido que na nossa família pudéssemos dar continuidade ao exemplo que tive na minha família de origem.

Sou uma sortuda por ter estes dois Homens na minha vida, por me terem ensinado que não há o Pai ou a Mãe: há os Pais, há a Família e um imensurável Amor (aos filhos). Somos uma equipa, onde os dias especiais de um são dias especiais de todos.

Obrigada aos dois!


Ana António

quinta-feira, 10 de março de 2016

Perspectivas do Fim… By Luisinha



O fim. O que significa? Será bom ou mau? Terá que ter um significado absoluto?

Habituamo-nos a olhar para o lado negativo da palavra. Quase sem darmos por isso associamos o fim a algo mau, a evitar. O fim de um relacionamento, o fim de uma amizade, o fim de uma vida, o fim de projeto, o fim de um contrato, o fim de uma carreira, o fim... Visto de uma perspectiva negativa, a palavra representa o término de algo que deveria continuar, significa o ponto final no lugar errado, a interrupção, o inacabado. Mas será sempre assim?

O fim pode traduzir a alegria da conclusão de um projeto que se perpetua no tempo sob uma outra perspectiva. A felicidade do fim de uma gravidez que culmina no nascimento de um novo ser. O regozijo com o fim de uma obra que se traduz numa nova forma de produzir. O fim de uma leitura que nos transforma e, deste modo, se perpetua para além do livro em si. O fim pode ser uma mera etapa num horizonte muito mais vasto. O fim pode ser também a continuação, a renovação.

Há ainda o fim como término de algo concreto e absoluto – mas, um fim, ainda assim positivo - se significar o cumprimento de objectivos, de intenções, de sonhos. A sensação de dever cumprido. O atleta que chega ao fim da competição e atinge a meta a que se propôs. O funcionário que conclui um trabalho, cumprindo os objectivos e os prazos. O indivíduo que recupera a sua saúde e assiste ao desejado fim da doença.

A questão prende-se então mais com o enquadramento do que com a palavra. Será negativo se representar a conclusão de algo inacabado. Será positivo se mostrar o culminar de um caminho onde se alcançou a meta.

Devemos assim desejar concluir os nossos sonhos, os nossos projetos, os nossos caminhos. Para olharmos de frente para a palavra Fim e sorrirmos plenamente.

Luisinha