segunda-feira, 27 de julho de 2015

O amor e os sonhos - Maria


Temos muitos sonhos, muitos projetos, muitas ideias e muitos ideais. Tentamos conjugar todos eles e ter alguma coerência na nossa vida.  E fazemos discursos... muitos... Sabemos o que queremos e o que nos move... Até ao dia em que o sonho é abanado...

O que fazer quando o amor ameaça as nossas crenças mais profundas e o sonho de uma vida? Ignoramos o amor a favor da coerência e dos objetivos de sempre? Ou engolimos o orgulho, reavaliamos os sonhos e deixamos o amor orientar tudo o que se seguir? O que é que vale mais: o sonho ou o amor? Como é que o amor poderá derrubar e calar alguns sonhos?

Sempre pensei que sonho e amor caminhassem de mãos dadas. A experiência mostrou-me que as escolhas mais difíceis são as escolhas do amor. Algures na minha história, o amor familiar foi mais forte do que o meu sonho/interesse pessoal. O que eu pensava, o que eu queria, o que eu sonhava era bem diferente do que o que a outra pessoa desejava. O que fazer? O que era mais importante: a minha vontade ou o desejo do outro? Decidi-me por deixar o próprio decidir pela sua própria vida, ainda que tal tivesse também impacto em mim e nos meus sonhos. Amar obriga a ceder! E o amor descentrou-me do meu egoísmo pessoal e fez-me (re)aprender a sonhar a partir da felicidade da minha mãe. É que os pais e os avós coabitam com os maridos e os filhos nos nossos corações... Ficam sempre lá, todos juntinhos... Para sempre... E algumas vezes desafiam os nossos sonhos individuais.


Maria

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Quando os sonhos obrigam a fazer escolhas – Sara


Gostaria de vos falar sobre as prioridades que damos aos sonhos, ou melhor dizendo, das hierarquias de importância que atribuímos aos sonhos que competem entre si.

Já pensaram nas situações em que a concretização de um sonho implica o adiamento ou a desistência de outro sonho igualmente importante? Como fazer a escolha entre sonhos? Como conseguir usufruir plenamente dessa concretização de  sonho-objetivo, sabendo que outro ficou pelo caminho?

Eu já passei por essa experiência... e foi extremamente desafiante... Mais tarde ou mais cedo, todas as pessoas passam por algo semelhante, quem sabe se até não mais do que uma vez na vida. A solução que cada um encontra será seguramente variável e inquestionável, mas o que gostaria de sublinhar aqui é a dificuldade na escolha. Com base em que é que vou decidir qual dos sonhos será melhor para mim? Ir-me-ei arrepender? Poderei adiar o outro sonho ou esta escolha obriga a anular o outro projeto?

Por outro lado, o sonho é conotado com positivismo, com alegria, sentido de realização. A experiência interior de concretização fica comprometida e é diferente quando implica uma perda prévia. As escolhas nem sempre são simples e, particularmente, a escolha de um sonho que implica a desistência ou o adiamento de outro pode ser vivido como um misto de vitória-derrota. Para se ganhar algo foi também preciso perder. E as perdas representam sempre um desafio... Tal como é um desafio conseguir saborear essa vitória e evitar ficar preso ao que “poderia ter sido”. Escolher implica responsabilidade e responsabilidade também por ser feliz e por vivenciar a alegria da escolha... inclusive das escolhas mais matreiras.


Sara

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Objetivos em vez de sonhos – Luisinha


Os sonhos das pessoas?!

Eu prefiro falar em objetivos: objetivos de vida, objetivos nos projetos, objetivos no relacionamento, objetivos nas atitudes, objetivos. São mais exequíveis e apontam para a proatividade. Se eu definir objetivos para mim, sei que devo procurar uma direção e que terei de fazer algo se o quiser concretizar. Eu tenho uma parte ativa, estou envolvida na história.

Os sonhos, a mim, fazem-me lembrar os filmes e os romances. Não os associo à vida real, ao dia-a-dia. A magia dos sonhos é pura fantasia, distancia-nos da realidade e frustra quem não consegue o tal final perfeito.

A vida é cheia de imperfeições, de incongruências, de lutas nem sempre ganhas. Eu acredito na batalha, no cair e voltar a andar, no acreditar que por vezes também resulta. É a responsabilidade pessoal no (de)curso da minha vida que me move e me dá forças. Por isso, não me falem em sonhos. Nem nos filmes os aprecio.

Eu voto nos objetivos. Nos meus objetivos.

Luisinha

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Sonhar acordada - Carolina


O meu sonho? Tenho tantos! E deixei outros tantos para trás!

Um dia eu quase deixei de sonhar. Fiquei triste, triste. Revoltada, insatisfeita. Depois eu acordei e percebi que de nada servia ter pena de mim. Foi quando eu decidi voltar a sonhar. E tive de reaprender a fazê-lo a um ritmo que eu julgava que não era o meu.

Hoje eu sonho acordada no mundo que aprendi a amar. Sonho sobretudo em conseguir manter as coisas boas que tenho. Sonho em conseguir manter as oportunidades que a vida me tem oferecido e que eu nem sempre soube apreciar. Sonho em conseguir continuar a sonhar e a acreditar.

Para mim a chave é eu conseguir acreditar. E aí, eu sonho demais! E é muito bom!


Carolina

terça-feira, 7 de julho de 2015

Os nossos sonhos: sonhados e recriados...


Vamos falar de sonhos? De todos os sonhos, pode ser?

Vamos falar dos sonhos sonhados. Dos sonhos que queremos mesmo ver cumpridos e que nos movem no dia-a-dia.

Vamos falar dos sonhos que não tínhamos mas que passámos a ter com as voltas que a vida deu.

Vamos falar dos sonhos que nos forçámos a ter e a sonhar.

Vamos falar dos sonhos...




Receber as vossas mensagens, ler as vossas histórias, dedicar-me à difícil tarefa de escolher um dilema vencedor, fez-me pensar... e pensar... 

Pensar que enfrentar os obstáculos da vida é também aprender a transformar as dificuldades e a trazê-las para os nossos sonhos

Não foi isso que o “Envergonhado qb” quis partilhar connosco? O que são afinal as narrativas das nossas queridas amigas Sara, Maria, Mafalda, Carolina e Luisinha? E as reflexões da Alice, o que mais nos revelam, senão o sonho a querer brotar com energia?

Todos precisamos de sonhar! Muito.

Vamos falar de sonhos? Cá vos espero;-)