sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Prevenção em Saúde – Verdades ou talvez não... By Maria



Interesso-me por temas de saúde em geral. Gosto de ler artigos sobre alimentação saudável ou acerca de produtos de higiene mais ecológicos. Gosto de usar alguns produtos DIY (Do It Yourself – Faça Você Mesmo). Prefiro as mezinhas caseiras aos medicamentos. Sem seguir nenhum movimento específico ou ser fiel a um modelo exclusivo, gosto de estar descontraidamente informada e de seguir alguns conselhos de vida saudável.

Interessa-me a saúde porque o meu maior medo é a doença. O que não conseguimos controlar. Aqui e ali procuro fazer escolhas que se anunciam promotoras do bem-estar e do bem-viver. O problema surge quando leio artigos completamente contraditórios, quando uma verdade (quase) insofismável se revela errada, quando o que toda uma vida aprendemos a classificar como adequado, se vem a provar, afinal, contraindicado. O que fazer? De que me vale adoptar comportamentos promotores da saúde quando nada me garante que daqui a uns tempos se descubra que provocam mais efeitos negativos do que positivos? Onde está afinal a verdade? Valerá a pena me importar com estes temas? Conseguiremos nós de alguma forma controlar o nosso destino?

O que melhor me poderá proteger? A procura incessante pela informação, na esperança que a intuição me aponte para o caminho,  apesar do risco de me causar mais receios e ansiedades? Ou a continuação da inacabada luta interna por uma descontração que nunca me será natural, mas o resultado de quem (finalmente) percebe que nunca terá certezas?

Maria



quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Os desafios das novas tecnologias... By Carolina


Ouço o som de uma notificação no meu telefone. Ou será no do meu marido? Ou nos dos meus filhos? São tantos gadgets em casa que é difícil de adivinhar.

Como resistir à tentação de ir ver o que é? O som põe-me alerta, ligeiramente ansiosa e não consigo resistir muito tempo sem lá ir. Pode ser importante... Ou pode nem ser para mim... E, se assim for, aí eu relaxo. Mas, primeiro vou verificar.

Aqui em casa fazemos todos o mesmo. Acho que o que ganha mais rápido a atenção de cada um de nós é mesmo uma tecnologia qualquer:

Ø  O meu marido diz que é somente por questões profissionais, que precisa de ler os e-mails que lhe vão enviando e de ir dando resposta aos assuntos da sua responsabilidade.

Ø  Os meus filhos têm sempre jogos que aumentam a pontuação e sobem de nível se estiverem conectados várias vezes por dia; também têm os amigos com quem trocam infinitas mensagens em torno dos jogos que fazem uns com os outros. Ai, como me irrita vê-los sempre ligados, sempre com a cabeça no ecrã. Jogam, falam com os amigos, fazem as duas coisas em simultâneo, sempre com a máquina pelo meio. Estão em casa, com a família, mas completamente ausentes. Já não sei o que fazer mais!

Ø  E eu? Porque é que o faço também se me zango com esta "dependência" deles? Para os imitar? Por vício? Como compensação? Porquê?...

Na verdade, para mim, o clique no ecrã significa o acesso a um mundo do qual me sinto um pouco excluída. Clicando, tenho a ilusão de pertença, de companhia, de palco para uma atuação. Não trabalho, tenho amigos e conhecidos espalhados pelo mundo, tenho a restante família longe, sou eu quem acompanha a escolaridade dos miúdos, mas sinto falta de ter uma ocupação profissional.

O que será que explica efetivamente esta necessidade constante de desligar da realidade, do que está perto, para conectar a toda a hora com o virtual, que está sabe-se lá onde? Será uma questão de atitude ou de excesso de investimento?


Carolina

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Aprender a largar... By Luisinha



Trabalhei muito. Trabalho muito. A minha vida são os meus projetos, as minhas obras. Algures lá atrás, já fui mais completa, mais diversificada, mas quis o destino que eu perdesse outros focos de interesse... e concentrei-me exclusivamente no trabalho. Hoje, eu sou a fundação que criei e a fundação é a minha imagem.

Até quando, começo a questionar-me? Quando será a altura de preparar a minha sucessão, de deixar a obra prosseguir e ganhar outros alicerces?

Sinto-me dividida entre o que sei ser o mais acertado e o impulso do momento. Continuo a pensar que tenho as soluções e, nos momentos-chave, não consigo abdicar de as apresentar... Quero que a obra sobreviva para além de mim, mas não consigo deixar de ser eu a decidir. Como aceitar que “o meu projeto” siga outro rumo? Como continuar presente e simultaneamente começar a largar? Qual será o meu maior dilema: o risco do futuro institucional sem mim ou o risco do futuro pessoal sem o institucional?

Dizem que “amar é também aprender a largar”. Serei eu capaz de amar à distância, de deixar ir para longe de mim?


Luisinha


domingo, 3 de janeiro de 2016

Intenções e atitudes para 2016... By Sara



A todos um Bom Ano de 2016!

A tradição manda que se comam 12 passas de uva enquanto soam as doze badaladas que marcam o início de um novo ano do calendário. Por cada passa pede-se um desejo. Eu adaptei a tradição e comprometo-me com 12 intenções de atitudes para o novo ano que começa.

Porquê intenções em vez de desejos?

1. Porque acredito que, além da proteção Divina, preciso também de assumir as rédeas do meu caminho. As intenções implicam um comprometimento pessoal que me levará a agir, a lutar pelo que desejo.

2. Porque acredito que as coisas boas da vida são momentos, estados temporários e transitórios. Tenho que estar atenta para os perceber e agarrar... E depois ter consciência que não duram para sempre.

3. Porque acredito que a tal felicidade que tanto desejo (e que poderia ser um bom desejo) poderá ser alcançada se perceber que não existe em estado puro. É um caminho interior, com altos e baixos, alegrias e frustrações, que depende muito mais de mim do que dos outros.

4. Porque implica um exercício intelectual prévio, bem mais interessante. E acredito que posso sempre melhorar e insistir. Não gosto de me apresentar como vítima das situações ou da sorte...


Às intenções postas em prática!
Sara