terça-feira, 30 de junho de 2015

Acerca da fragilidade... By Luisinha


Cedo eu descobri que somos seres frágeis. Somos frágeis no equilíbrio. Somos frágeis no viver. Somos frágeis no estar. Somos frágeis no ter. O que é, rapidamente poderá deixar de ser... independentemente disso ser bom ou mau... Somos frágeis em tudo! Até nas nossas certezas.

Nada é certo, portanto. Muito menos garantido. O que fazer estão para lidar com a nossa fragilidade?... Com a incerteza?... Com toda a nossa impotência?

Podemos deixar-nos levar pela angustia avassaladora da insegurança. Viver no medo, preso ao pânico com o que podemos perder.

Ou podemos sempre ignorar esta certeza em torno da incerteza. E viver. Simplesmente viver. Sem mais nem porquê.

Esta é a minha escolha. A minha única escolha possível. E é a minha própria fragilidade...


Luisinha

quarta-feira, 17 de junho de 2015

A infância em nós... By Maria


Terminei de ler um livro que narra a história de um rapaz que viveu a sua adolescência internado num hospital a lutar contra a doença. Uma parte considerável da sua existência, entre os 14 e os 24 anos, decorreu entre intervenções cirúrgicas, exames e tratamentos penosos. Dizia ele que quando miraculosamente foi dado como curado era já um jovem adulto a quem tinham privado de todas as loucuras e experiências da juventude. Quem era ele afinal? Um adulto com vivências de criança entorpecidas por 10 anos de batalha dentro das paredes de um hospital. Como reconstruir a sua identidade?

Pensei na minha infância. Na menina tímida e insegura que fui. No medo que já existia e que foi crescendo a um ritmo ainda mais acelerado do que os ossos do meu corpo. No que é que aquela menina contribuiu para a mulher firme e determinada que sou hoje? Como é que a insegurança extrema se transformou em vitória contra os fantasmas da hipocondria? Terá sido obra daquela menina tímida esta flexibilidade emocional para aceitar a reaproximação do meu pai biológico à minha vida de adulta e, especialmente, ao mundo da minha mãe outrora abandonada? Como é que umas raízes tão frágeis deram lugar a tantas mudanças corajosas? Poderá a continuidade fazer-se com a ruptura, com a diferença?...

Voltei a pensar no livro que li e comparei com o meu percurso. A insegurança, a fragilidade, a incerteza trouxeram-me dificuldades, desafios e (muitas) dores. Para continuar tive de pensar no que não queria, perceber porque era assim e como poderia vir a ser. Tive de enfrentar os meus próprios medos e resolver os desafios que me foram aparecendo. Tive de viver! Acho que isso é que é a tal experiência de que falam os entendidos. É a experiência que dá sentido e conteúdo ao que somos e ao que vivemos... Hoje... e nos anos que passaram por mim, por nós... A experiência dá-nos um outro entendimento sobre a infância, a juventude e a idade adulta. No meu caso deu-me o olhar da RECONCILIAÇÃO.

Maria


quarta-feira, 10 de junho de 2015

O outro lado da solidão... By Mafalda



Sinto-me só. Amargamente só. Como nunca imaginei...

Longe vão os tempos em que me sabia bem estar sozinha, em que precisava desesperadamente de momentos exclusivamente meus... longe do trabalho... longe dos amigos... longe da família... longe de tudo e de todos. Precisava de me retirar para me equilibrar. Talvez por saber que tinha quem me recebesse quando desejasse voltar, sempre me vi como uma mulher independente e solitária. Até ao dia em que tudo mudou...

Gostaria que a vida me tivesse reservado outros caminhos? Preferia viver na enganadora ilusão? Não, decididamente não. Sei que não era feliz e sempre considerei que a verdade, por mais cruel que fosse, seria melhor do que uma bem encenada mentira. Mas há fases na vida em que é difícil viver sozinha: ter de assumir a responsabilidade integral por todas as decisões, ter consciência que tudo gira e depende unicamente de mim, não ter com quem partilhar aqueles pedaços do dia-a-dia... Escolher ou ser empurrado para viver sozinho, mesmo quando se tem filhos, é dos desafios mais difíceis que se pode enfrentar. E os fantásticos poderes dos momentos de solidão perdem todo o sentido rapidamente...

Os filhos, os amigos, a carreira não chegam para completar o vazio de ter a liberdade total para escolher o que fazer com toda a minha vida. Isso percebo-o agora. Só agora, nesta fase da vida em que espero desesperadamente conseguir voltar a descobrir a magia de estar apenas comigo...


Mafalda

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Desafio de aniversário: Um livro para ganhar!


Ainda em clima de celebração aqui vos propomos o seguinte desafio de aniversário:

Escrever uma curta história de vida ou um dilema para partilhar neste blogue ou na página do livro no Facebook .

Porquê?
Porque estamos em tempo de festa, porque todos temos experiências interessantes para contar e porque várias cabeças são sempre mais ricas do que uma só J

Como participar?
Ao longo deste mês de junho enviem o texto para o e-mail: dilemas.femininos1@gmail.com, com o assunto: desafio de aniversário.

Quais são as condições?
1.    Cumprir o prazo de entrega até 30 de junho de 2015;
2.    Escrever o texto em Word no máximo numa folha A4, com letra Century Gothic, tamanho 12, espaço entre linhas de 1,15;
3.    Assinar o texto com o nome que desejar que apareça publicado.

O que acontece ao vencedor?
O vencedor ganhará um exemplar do livro “Dilemas Femininos” e verá o seu texto publicado no blogue e na página do Facebook no dia 1 de Julho de 2015.

Aguardamos a vossa participação! Divulguem pelos vossos amigos!

Até já!