Alice, querida Alice (se me permitir a proximidade),
O meu nome é Luísa. Este é o meu nome
verdadeiro, de registo, de batismo. Facto: nome – Luísa. As pessoas que me
conhecem chamam-me Luisinha. Eu apresento-me, assino e respondo como Luisinha.
No meio da diversidade, a minha mente reage ao nome Luisinha e ignora Luísa.
Realidade: nome – Luisinha. O que é facto e o que é realidade no meu nome?
Poderá a realidade alterar o facto? Será isso uma falsa realidade?
Por este exemplo e por mais uns quantos, eu
acredito que todas as mentes são um bocadinho tendenciosas J Até porque
como a Alice diz (e eu concordo plenamente) - “Nunca os factos são do tamanho
de si mesmos mas sim do efeito que têm em nós.” E esse
efeito é fruto de tantas circunstâncias!
Já pensou
que a experiência de vida traz-nos conhecimentos e revelações que só são
evidentes a posteriori depois de
adicionarmos mais umas informações aos acontecimentos em si? E sabe qual é a
grande vantagem? É que podemos usar essa luz para nos guiar no futuro. Para a
frente. Olhar para o passado e
identificar enganos é uma ferramenta que só serve para construir o futuro. Não
se esqueça disto se quiser viver em paz!
Às vezes a mentira protege-nos, ajuda-nos
a continuar e a desvalorizar o que nos poderia impedir a caminhada. Uma mente
aparentemente mentirosa pode ser, na realidade, o curativo que alivia aquela
dor quase insuportável...
Eu sou o
resultado de uma mente mentirosa que me tem trazido ao colo desde os 6 anos de
vida. Sabe qual é a minha idade? 65. Já reparou no esforço que a minha mente
tem empreendido?! Um dia conto-lhe a minha história e conversaremos mais um
bocadinho sobre isto...
Um abraço,
Luisinha
PS: Se
fosse eu, olhava calmamente nos olhos da minha mente mentirosa, sorria e
dava-lhe um abraço bem apertadinho... de reconciliação...
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