quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Comentário da Luisinha

Alice, querida Alice (se me permitir a proximidade),

O meu nome é Luísa. Este é o meu nome verdadeiro, de registo, de batismo. Facto: nome – Luísa. As pessoas que me conhecem chamam-me Luisinha. Eu apresento-me, assino e respondo como Luisinha. No meio da diversidade, a minha mente reage ao nome Luisinha e ignora Luísa. Realidade: nome – Luisinha. O que é facto e o que é realidade no meu nome? Poderá a realidade alterar o facto? Será isso uma falsa realidade?

Por este exemplo e por mais uns quantos, eu acredito que todas as mentes são um bocadinho tendenciosas J Até porque como a Alice diz (e eu concordo plenamente) - “Nunca os factos são do tamanho de si mesmos mas sim do efeito que têm em nós.” E esse efeito é fruto de tantas circunstâncias!

Já pensou que a experiência de vida traz-nos conhecimentos e revelações que só são evidentes a posteriori depois de adicionarmos mais umas informações aos acontecimentos em si? E sabe qual é a grande vantagem? É que podemos usar essa luz para nos guiar no futuro. Para a frente.  Olhar para o passado e identificar enganos é uma ferramenta que só serve para construir o futuro. Não se esqueça disto se quiser viver em paz!

Às vezes a mentira protege-nos, ajuda-nos a continuar e a desvalorizar o que nos poderia impedir a caminhada. Uma mente aparentemente mentirosa pode ser, na realidade, o curativo que alivia aquela dor quase insuportável...

Eu sou o resultado de uma mente mentirosa que me tem trazido ao colo desde os 6 anos de vida. Sabe qual é a minha idade? 65. Já reparou no esforço que a minha mente tem empreendido?! Um dia conto-lhe a minha história e conversaremos mais um bocadinho sobre isto...


Um abraço,
Luisinha


PS: Se fosse eu, olhava calmamente nos olhos da minha mente mentirosa, sorria e dava-lhe um abraço bem apertadinho... de reconciliação...




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