A Alice tem “medo de perder uma pessoa que ama e que se encontra perto do fim da
linha” – a sua avó. A morte é um acontecimento natural para o qual nunca
estamos preparados, principalmente quando se refere aos que amamos. Os mais
novos porque têm uma vida por viver. Os mais velhos porque já viveram uma vida
que lhes ensinou a tal “intuição” e sabedoria. Precisamos sempre deles junto de
nós, novos e velhos. A nossa concepção de Amor implica proximidade, convívio,
materialidade. É por isso que “não aceita
que esteja para chegar”. Porque a nossa linha do amor é infinita e a morte
apresenta-se como um fim (mesmo para os que acreditam em Deus)...
Ao escrever a carta, a Alice tenta-se
mentalizar para o que sabe que acontecerá um dia, mas que não quer aceitar. Um dia (e nunca o dia) está lá longe, longe. A sua avó ainda faz muita falta...
hoje... e sempre.
Infelizmente, eu já sofri essa perda... O
vazio de uma perda significativa fica para sempre. Com o tempo deixa de ocupar
os outros espaços interiores, mas o seu espaço ficará sempre vazio. Aprendemos
é a conviver com esse vazio.
Um abraço,
Maria
Sem comentários:
Enviar um comentário