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Alguns produtos de amor da minha cozinha |
Cozinhar é um ato de amor. Para todos e em
particular para aqueles que nunca se identificaram demasiado com esta arte...
como é o meu caso.
Os que me conhecem sabem bem que os meus
dotes culinários são modestos e que não primo pela sensibilidade aquando da
preparação dos alimentos.
Na minha história de vida aprender a
cozinhar foi uma obrigação. Acima de tudo, imposta pela educação: a minha mãe
defendia que as filhas tinham de saber o básico e desde cedo tive como tarefa
inegociável colaborar na confecção das refeições. A idade avançou e o meu
interesse pelo “mundo dos tachos”
manteve-se ao nível próprio de quem comia para sobreviver.
Chegou o dia em que voei para fora do
ninho parental e a tarefa de cozinhar assumiu um papel de maior destaque (e
desgaste) na minha rotina diária. E foi aí que se iniciou o ponto de viragem!
Foi a partir dessa altura que percebi que receber bem a família e os amigos
implicava oferecer-lhes alguns brindes gastronómicos. Dedicar algum do meu
(então, escasso) tempo a cozinhar significava que aquelas pessoas eram
importantes para mim, que lhes queria agradar e acarinhar com os meus melhores
esforços.
A minha relação com a cozinha evoluiu
posteriormente para uma fase em que preparava sempre algum mimo culinário para
celebrar acontecimentos especiais na família nuclear. Reconheço, no entanto,
que o resultado final nem sempre foi justo para com o esforço pessoal dedicado
à tarefa... mas não desisti!
Graças às vivências noutros países, as minhas
experiências gastronómicas foram-se diversificando e intensificando. Houve
tempos em que à Sexta-feira o jantar incluía algo típico do local onde
estávamos. As nossas refeições transformaram-se também numa oportunidade para
recordar (e reviver) os nossos percursos, para manter vivo o que nos é tão
particular enquanto família.
Eis, assim, que cheguei à atualidade! Hoje eu surpreendo-me a planear surpresas
para os meus 3 rapazes! Surpresas culinárias, imaginem só! E sem motivo
aparente. Surpreendo-os porque sim, porque quero mostrar-lhes que algures durante
o meu dia, pensei neles. E, na falta de tempo, cozinhamos em conjunto.
Como foi possível mudar tanto? Com AMOR. Foi
o Amor que me levou a sair da zona de conforto e a aventurar-me numa área que
não faz parte da minha essência. Incrivelmente, são cada vez mais os momentos
em que me consigo divertir e sentir realizada na cozinha! Porque estou a
estreitar laços com aqueles que são importantes para mim!
Como diz uma querida amiga de longa data, “temos de fazer tudo com Amor”. Ela até
molda corações nos alimentos que confecciona! Eu aprendi que o Amor tem de
estar ainda mais presente nas tarefas que menos nos agradam, naquelas para as
quais temos menos vocação, no que é rotineiro e imposto. No meu caso, é na
cozinha. E tenho conseguido torná-la num espaço mais acolhedor e atrativo J
Ana António
:-) Que delícia!
ResponderEliminarÉ tão bom quando conseguimos transformar tudo em Amor... <3
És linda Amiga
Minha querida, tu és uma especialista nesta matéria;)
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