Temos muitos
sonhos, muitos projetos, muitas ideias e muitos ideais. Tentamos conjugar todos
eles e ter alguma coerência na nossa vida.
E fazemos discursos... muitos... Sabemos o que queremos e o que nos
move... Até ao dia em que o sonho é abanado...
O que fazer quando
o amor ameaça as nossas crenças mais profundas e o sonho de uma vida? Ignoramos
o amor a favor da coerência e dos objetivos de sempre? Ou engolimos o orgulho,
reavaliamos os sonhos e deixamos o amor orientar tudo o que se seguir? O que é
que vale mais: o sonho ou o amor? Como é que o amor poderá derrubar e calar
alguns sonhos?
Sempre pensei que
sonho e amor caminhassem de mãos dadas. A experiência mostrou-me que as
escolhas mais difíceis são as escolhas do amor. Algures na minha história, o
amor familiar foi mais forte do que o meu sonho/interesse pessoal. O que eu
pensava, o que eu queria, o que eu sonhava era bem diferente do que o que a
outra pessoa desejava. O que fazer? O que era mais importante: a minha vontade
ou o desejo do outro? Decidi-me por deixar o próprio decidir pela sua própria
vida, ainda que tal tivesse também impacto em mim e nos meus sonhos. Amar obriga
a ceder! E o amor descentrou-me do meu egoísmo pessoal e fez-me (re)aprender a
sonhar a partir da felicidade da minha mãe. É que os pais e os avós coabitam
com os maridos e os filhos nos nossos corações... Ficam sempre lá, todos
juntinhos... Para sempre... E algumas vezes desafiam os nossos sonhos
individuais.
Maria
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